terça-feira, 28 de julho de 2009

Serra da Lousã

Fim de semana passado fomos dar uma volta à Serra da Lousã. É uma zona que conhecia mal, mas da qual já tinha ouvido muito bem. Não ficámos decepcionados, pelo contrário. É uma zona riquíssima pela sua beleza natural, diversidade de lugares de interesse histórico e pela gastronomia.

De Serra da Lousã

Nesta zona travaram-se batalhas no sec. XIX entre os derrotados invasores franceses comandados pelo General Massena e as forças aliadas comandadas pelo General Wellington. Este último chegou a estar alojado na Lousã e as suas tropas, após a vitoriosa Batalha da Foz de Arouce, em 1811, no Palácio da Viscondessa do Espinhal – Maria da Piedade de Mello Sampaio de seu nome foi, no século XVIII, a grande benemérita da Lousã, agraciada com o título pelo rei D. Luís em 1868. Hoje é um hotel onde por acaso ficámos alojados. Embora o nome pomposo de "Melia Palacio da Lousã Boutique Hotel" não vale o que se paga por ele. Degradado, mal decorado, mau serviço, come-se mal, mau!

De Serra da Lousã

Pela serra dentro e muitas vezes por caminhos que só podemos percorrer a pé, encontramos muitas aldeias de xisto, típicas rústicas, bonitas e bem conservadas, embora desertas. Vale a pena meter-mo-nos pelos trilhos pedestres e descobrir em forma de aventura um património único.

De Serra da Lousã

Come-se por esta zona bem e barato, desde cozidos, enchidos, sarrabulho, veado, javali, broa, bom vinho. Para isto recomendo o restaurante O Burgo (Azenha) junto às piscinas fluviais (a não perder) ao lado da Ermida da Sr.ª da Piedade e do Castelo.
Enfim o tempo foi pouco, até para tirar fotografias e fica a promessa de lá voltarmos.

segunda-feira, 27 de julho de 2009

Dragões Voadores

São animais de grande beleza as libelinhas e até fazem pose para se deixarem fotografar.
Estas duas fotos foram ainda tiradas com a sigma 70-300 APO DG macro, que embora não seja uma macro 1:1 faz excelentes fotos com um bonito bouquet.

De Macro

Cliquem na fotografia para ver o detalhe.

De Macro

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Uma gaivota voava voava...

As gaivotas são um tema banal, mas não deixam de dar bons resultados em fotografia.
Um pouco por acaso, mais ou menos de propósito a tentar enquadrar o "guincho comum" com o Cristo Rei, saiu isto. Fiquei contente com o resultado.
Esta fotografia foi tirada do cais das colunas de manhã...

De Gaivotas

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Lisboa By Night

Mais uma fotografia de Lisboa, desta vez à noite com um céu carregado de nuvens.
A vista é do Miradouro de N. Sra. do Monte na Graça. Tenho que lá voltar um dia destes novamente...

De Lisboa

segunda-feira, 20 de julho de 2009

100 visitas


Duas semanas depois de iniciar o meu blog cheguei às 100 visitas de diferentes utilizadores. Aqueles que retornaram foram muitos mais. É obra!
Além da família e amigos, já recebi a visita de muita gente um pouco de todo o mundo e de quase todos os continentes.
Criei o blog mais por carolice que por outra coisa, mas a verdade é que a internet permite que rapidamente a informação corra e chegue a todos e a todo o lado. Fico contente por alguém, desconhecido, ter perdido nem que seja um minuto a ver uma fotografia minha.
A todos os que passaram por aqui deixo o meu obrigado e faço votos que por cá passem novamente.

sábado, 18 de julho de 2009

segunda-feira, 13 de julho de 2009

Bzzzz

De Macro

Não tendo eu qualquer predilecção especial por insectos em geral as abelhas são daqueles animais que fascinam.
é o único insecto que conheço que serve para qualquer coisa. Fazem mel. Além disso a sua organização social é algo de único, em que cada membro da comunidade sabe qual o seu lugar e sabe o que fazer.
Quis ver de perto como elas se movimentam e o que fazem. Pode parecer simples fotografar abelhas, mas não, acreditem que é bastante difícil. Quando estamos a apanhar o bicho, a focar e a enquadrar, já ela saltou para outra flor. Posso estimar que sai uma fotografia boa em cada 30 disparos. Podem imaginar a paciência que é preciso.

De Macro
Acreditem então que fotografar uma a voar é pura sorte. Porém acho que tive essa sorte com esta foto do zangão.
Vale a pena passar um bocado a olhar as fotografias e ver os pormenores que ao vivo não conseguimos ver, o pólen agarrado às pernas, a sua penugem, vê-las "chafurdar" no meio das flores. Se tiverem paciência vejam mais algumas fotografias na galeria, vale a pena.

Rota dos Castelos

Nos feriados de Maio fui com a família dar uma volta pela Beira Baixa. Já há algum tempo que pensávamos em ir para aquelas bandas e fazer uma "rota dos castelos".
Ficámos em Belmonte como base e dali partiamos para os mais variados destinos.

De Rota dos Castelos

Belmonte é a tal terra de judeus que não sabiam que o eram até alguém lhes dizer que sim. Na verdade acho que não eram nem judeus, nem cristãos, praticavam um culto misto. Foram obrigados a esconder a sua religião como cristão novos no Sec. XVI, mas continuaram sempre a professar a sua fé, que ao longo dos tempos se foi fundindo com o catolicismo.
É também a terra do Pedro Álvares Cabral. Tem um centro histórico muito interessante, bem conservado, mas nota-se que é também uma terra em desenvolvimento e expansão.

Tendo Belmonte como ponto de partida podemos ir a várias vilas e aldeias históricas, como Penamacor, Sortelha, Monsanto (a mais portuguesa de Portugal), Penha Garcia, Idanha-a-Velha, ... E são só algumas porque o fim -de-semana não deu para mais.
Estas terras são autênticas máquinas do tempo, que nos fazem voltar atrás no tempo e cheirar o peso dos séculos e da história, por onde se construiu Portugal. Esta é pois uma homenagem às terras fronteiriças que estiveram sempre na linha da frente, na guerra e protecção contra os invasores.

De Rota dos Castelos

Ficámos principalmente encantados com Sortelha. É uma vila medieval fantástica, que conserva as suas casas em pedra. Acredito que pouco tenha mudado nesta terra desde há alguns séculos a esta parte. Apetece percorrer as ruas, espreitar cada recanto, subir ao castelo e ver a vista.
Ficámos com vontade de lá voltar e certamente voltaremos em breve, porque ficou muito para ver.
Podem ver mais algumas fotos que tirámos do passeio aqui.

sábado, 11 de julho de 2009

Lisboa

De Lisboa

Decidi dedicar esta mensagem a Lisboa e certamente muitas outras no futuro virão.
Lisboa é a minha terra e adoro-a. Aqui nasci e aqui sempre vivi.
Lembro-me em miúdo de ouvir os amigos dizerem que iam "à terra", ou à terra do pai ou da mãe. Foi coisa que nunca pude dizer, porque sempre vivi na minha terra (e ainda bem).
Fico orgulhoso da impressão que Lisboa causa nos estrangeiros e em quem cá passa pela primeira vez. É sem dúvida uma cidade bonita, fotogénica, cheia de recantos, miradouros e motivos culturais para visitar. É uma capital moderna da Europa, da nova e da velha Europa.

De Lisboa

Lisboa tem recantos, ruelas antigas, castelo, bairros que nos fazem sentir numa vila do interior e não numa metrópole. Lisboa tem fado.
Lisboa equilibra-se entre bairros mouros com 800 anos e a cidade nova do século XVIII pós terramoto de 1755.

De Lisboa

Não se pode falar de Lisboa sem falar do Rio Tejo. Lisboa derrama-se para o Tejo, Lisboa nasceu virada para o Tejo e assim continuará. O Tejo dá-lhe vida, refresca-a, trás o cheiro a maresia e por onde navegaram os barcos que antes levaram os portugueses à volta do mundo para fazer comércio e evangelizar.
Lisboa deve ser vivida, percorrida, explorada. Depois de se conhecer Lisboa há poucas cidades que se lhe comparem. Venham ver por vós.

(vou deixar mais fotografias de Lisboa no futuro, já que é um dos meus temas prefereidos)

sexta-feira, 10 de julho de 2009

Pontos de vista

Como todos os meus amigos sabem, Estremoz é a minha segunda terra.
Não sou alentejano e costelas destas bandas tenho poucas, porque olhando para a genealogia da família encontro apenas (que eu saiba, tenho que tirar isto a limpo...) o meu bisavô que vem de Évoramonte e vai mais tarde para Estremoz.
Não obstante tenho aqui família e amigos que visito desde sempre, o que faz desta terra parte do meu imaginário de infância. Além disso vivem aqui os meus pais desde há alguns anos a esta parte.

De Paisagem Natural

Últimamente tenho olhado para a terra com outros olhos. Como ando apanhado pela fotografia tento encontrar pontos de vista diferentes. E às vezes sitios por onde passamos todos os dias e que nos são tão vulgares por isso, nem nos lembramos do potencial que têm.

De Paisagem Natural

Estas fotografias são alguns desses exemplos. Junto da casa onde vivem os meus pais tirei estas fotos. São sitios que nunca tinha visto com potencial para fotografia e no entanto..... Pelo menos na minha opinião acabaram sair minimamente bem, também por causa do céu, que como já disse antes ajuda sempre a trazer mais dramatismo a uma imagem.

E vocês o que acham?

quinta-feira, 9 de julho de 2009

Mimetismo

Começo a ficar fascinado por este tipo de fotografia.
Utilizando lentes macro dedicadas, conseguimos ver o mundo de outra forma.
Deixo alguns exemplos, que à partida não teriam qualquer interesse não fosse a sua magnificação.

Esta é apenas uma mosca da fruta, que por mimetismo imita uma abelha, na forma e na cor. Há muitos exemplos destes na natureza.

De Macro


De Macro

O pôr do sol

No fim de semana passado fui a Estremoz ver a família. Andava com vontade há algum tempo de tirar uma fotografia ao pôr do sol na zona do castelo , já que a vista é fantástica.
Quando me lembrei disto eram 20h de Sábado e quando já se preparava o jantar saí disparado de casa para o castelo. O céu não estava nada de especial e um céu sem nuvens torna-se desinteressante em fotografia, mesmo assim lá fui eu.

Quando cheguei junto da Pousada Rainha Sta. Isabel só precisei de alguns minutos até que o céu começasse a ganhar cores e formas fantásticas. Montei então o tripé e o equipamento e disparei umas quantas fotos, embora os enquadramentos não fossem nada de especial.

De Paisagem Natural

Depois de algumas fotos, neste local, decidi procurar outro ponto de vista. Assim que saí das portas da ponte elevadiça dei com umas cores de céu ainda ainda mais bonitas e sem grande enquadramentos, nem montar tripé ou filtros saiu isto. A próxima vez que for a Estremoz vou preparar melhor a expedição fotográfica. Talvez cravar os meus irmãos para me acompanharem, porque primeiro fazem sempre um frete e depois até gostam dos meus programas.

De Paisagem Natural

quarta-feira, 8 de julho de 2009

O Cais das colunas

Passados tantos anos sem que os lisboetas pudessem usufruir de um dos seus ex-ex-libris, eis que o temos de volta, o nosso Cais das Colunas.
É um símbolo da cidade nova enquadrado na obras levadas a cabo pelo Marquês de Pombal após o terramoto de 1755.
Sendo Lisboa uma cidade voltada para o Tejo, faltava-nos esta porta e passagem que esteve vedada e desaparecida, por causa de inúmeras obras que passaram pelo Terreiro do Paço, nomeadamente as obras do metro, que só podem competir em longevidade com as obras de Sta. Engrácia e Panteão Nacional.

De Cais das Colunas

Hoje temos novamente acesso a este miradouro sobre o Rio Tejo.
Daqui podemos ver a excelência da mais bela praça da Europa, o Terreiro do Paço, embora haja quem lhe chame Praça do Comércio, mas para mim e para a memória colectiva dos lisboetas será sempre o Terreiro do Paço.
Muitos jovens nunca haviam visto o Cais das Colunas e se calhar nem sabiam da sua existência. Hoje vale a pena dizer aos mais jovens da sua importância, porque o Terreiro do Paço estava incompleto e mais pobre.
Convido todos, lisboetas e não só, a virem passear à beira do Tejo e que venham ao Cais da Colunas. Aqui cheira a maresia, vêm-se as gaivotas, avistam-se os cacilheiros e percebemos porque somos uma cidade voltada para o Tejo e a importância que este tem em Lisboa.

De Cais das Colunas

terça-feira, 7 de julho de 2009

Primeiro estranha-se, depois entranha-se

Marrocos, Norte de África, o segundo país mais próximo de Portugal depois de Espanha.

Praticamente desconhecido dos portugueses e tanto que estes países têm em comum (ou já tiveram). É verdade, os mouros que viveram em Portugal e que ainda cá andam nos nossos genes, vieram desta região do norte de África, eram berberes.

De Marraquexe

Hoje, ir a Marraquexe não deve ser muito diferente à experiência de há 50 anos atrás. Fernando Pessoa disse desta cidade que "Primeiro estranha-se, depois entranha-se". Foram estes também os meus sentimentos.
O choque cultural é gigantesco, tudo é diferente, artesanal, descomprometido. Depois habituamo-nos rapidamente ao ritmo, às pessoas, à língua, à comida, aos cheiros, ao chá.
Estar em Marraquexe, viver a Medina, perdermo-nos no Souk e passear no Qasbah é andar séculos para atrás.

De Marraquexe

Quase me esquecia de falar da mítica Praça de Jema El Fna. É uma praça gigantesca onde todos os dias centenas de vendedores, malabaristas, encantadores de serpentes, lutadores de boxe, vendedor de dentaduras, entre quantas formas se possam imaginar de poder ganhar uns trocos, tentam a sua sorte. O som dos tambores e flautas, o movimento das pessoas, o barulho, os cheiros das especiarias ou da comida são dignos de serem experimentados.

Algum tempo depois de ali estarmos começamos a aprender mais sobre nós portugueses. Porque somos como somos. Porque somos latinos, ibéricos e portugueses. Porque nos aproximámos mais de África do que da Europa. E mais não digo, quem quiser viver verdadeiras sensações exóticas e conhecer a cidade das mil e uma noites tem que lá ir.